Capitulo VII
Naquela
noite manhã depois de ter colocado mais um "potro no mundo" Diana
resolvera passear pelos campos, cavalgar como antigamente, como sempre gostara
de fazer.
Para isso selou um de seus cavalos, e fora ao
tal passeio.
Nos arredores da fazenda havia uma grande
área verde, onde figurava espaços campados e espaços de pequenas florestas.
Eram lugares tranquilos, e naquela época do ano transpassava frescor.
O vento batia na cabelereira de Diana, que
conversava com os animais, e até com as plantas, algo que ela fazia desde que
era uma menina.
Pensava naquilo que havia lhe trago a sua
pequena cidade, sabia que nunca conseguira se desprender de suas raízes, que
gostava do povo simples, gostava do linguajar simples, e gostava mais ainda, da
tranquilidade...
Parou por debaixo de uma árvore, e ali só,
começou a brincar com umas pedrinhas no chão, e a fazer figuras com as pedras,
a relembrar a sua infância... Quando com sua irmã Iracema fugiam de mamãe para
ir nadar no rio, ou quando levava bronca do papai por ter entrado no estábulo
quando havia lá algum animal mais bravo... ou ainda quando na escola vivia seu
primeiro romance... há Marquinhos... como suspirava ao lembrar do Marquinhos
aquele menino calado, mas de muita boa forma... aquele menino capaz de fazer
nela os mais diversos sentimentos...
Indagou-se naquele instante se algum dia
poderia rever o Marquinhos.... Bobagem... amor tolo... amor de criança... em
breve seu noivo viria em sua casa e oficializaria o pedido de casamento... mas
Marquinhos não saia da cabeça de Diana... E nem ela queria que saísse. Lá no
fundo ela tinha a esperança de reecontra-lo.
Marquinhos foi o seu primeiro namoradinho,
tinham cerca de oito à doze anos quando começaram aquele amor infantil. Se
conheciam desde crianças, pois Marquinhos era filho de um dos empregados do Sr.
Marajó, pai de Diana. Brincavam na escola, brincavam na fazenda. Brigavam
também, mas não conseguiam se separar.
Mas de uma hora para outra Marquinhos
desapareceu, ninguém mais o viu naquela fazenda, e quando Diana perguntava para
o pai onde estava o menino, ele nem resposta dava, quando muito dizia, que
aquele menino era sem importância. E era isso que intrigava Diana, pois antes o
pai gostava tanto daquele menino, o tratava tão bem, o ensinou a montar, a
tirar leite, fez dele um peãozinho, para depois tratar seu desaparecimento com
tamanha frieza.
Diana não achava que seu pai era ruim, na
verdade o idolatrava, tinha orgulho de ser sua filha, e nunca o contestava...
Mas ainda assim se mantinha curiosa, já eram quase quinze anos e nada do
Marquinhos...
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