domingo, 1 de dezembro de 2013

CAPÍTULO VIII ==> ROMANCE A ROSA

  
Já estavam bem longe daquela velha árvore onde passaram a tal noite, andavam agora em direção a algum lugar mais distante possível daquela confusão a qual se metera. Já não era tão quente pois depois de tanto andar ultrapassara os limites do estado de clima tão quente. Mas não conseguiria chegar tão longe à cavalo, e não conseguiria chegar a lugar algum sem dinheiro. 
  A única solução seria vender seu velho amigo e companheiro, pois nem o mesmo aguentaria viajar muito tempo, mas despedir-se dele não seria nada fácil, se apegara a ele, era a única coisa que tinha de seu, mais as vezes se encontrava pertencendo a ele, era mais que uma relação de animal-dono, era com ele que desabafava, era com ele que viajava, um sabia de cada aventura do outro. Como abandona-lo? Mas se não o abandonasse certamente morreria no meio da viagem. E ele sentia que algo o chamava para algum lugar que ele nem sabia bem onde era.
    "Passava como passava
      viviam em extrema junção
      o paralelo de uma vida com várias vidas
      várias vidas que apresentavam-se em um só esquema
      o abandono tomaria conta de um.
     De um não, de todos.
     A solidão seria benéfica?
     Mais solidão? Seria possível?
     Não, não seria...
     eram tantos anos, sozinho.... ou melhor sozinhos
     era tanta confusão em que se metia.....
     mas escapavam... escapavam juntos
     e agora, iria deixa-lo para trás...
     para virar talvez uma peça de açougue?
     para virar com certeza um pobre coitado em meio a turbulentos e novos campeões?
    Mas teria sossego... não mais enfrentaria o Sol escaldante
   Não teria mais o risco de levar tiros...
   Não ficaria tanto tempo sem comida.
  Inútil, não adiantava se justificar...
  abandonaria-o como se nada do que viveram tivesse importado...

  

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