CAPÍTULO IX
Pegou o seu cavalo montou, e foi dar mais umas voltas antes de
voltar para a fazenda. Entretida com a paisagem nem percebera que já caia a
tarde, e que o Sol já abaixava no horizonte.
Percebera como fora bom
passar aquela tarde longe de tudo, estava precisando disto, de ar puro, mesmo
que na fazenda o tivesse, não era o mesmo, sair e meditar, e pensar, lembrar-se
do passado, lembrar-se de tudo que já vivera até ali, das escolhas, dos amores
vividos das promessas feitas, do Marquinhos, e de tudo que foi bom em sua vida.
Mas estava na hora de
voltar né? Estava um pouco tarde, não que tivesse medo do escurecer, até
gostava do escuro... mas não tinha avisado ninguém da casa... a mãe já deveria
estar de cabelos em pé. E assim o fez.
No caminho ainda para sua
casa, passou por uma velha casa, desceu e curiosa como sempre, resolvera ir até
lá.
Chagando, chamou uma,
duas, três vezes, e nada de respostas, tomou liberdade para entrar naqueles
aposentos, já pensando se tratar de uma casa abandonada.
Entrou, com receio do que
pudesse encontrar, mas entrou, algo parecia estar lhe pedindo para entrar.
Era uma pequena casa, de
alguns cômodos pequenos, mas parecia ter morador, naquele momento Diana já
estava se sentido uma invasora. Mas continuou o percurso...
Andou e foi até a cozinha,
fumaça na chaminé indicava não ter muito tempo que alguém passara por ali. E sem
falar em alguns vasilhames dispostos na pia.
No varal, lá foram,
estendidos alguns lençóis já envelhecidos
pelo tempo de uso, mas bem limpos, alvos como as nuvens.
Ouviu um barulho vindo de
alguma direção, passo a passo, dirigiu-se a um quarto que ficava mais ao fundo
da residência. Mas chegando no quarto nada viu, a curiosidade já havia tomado
conta dela, e ela mais do que nunca sentia a necessidade de desvendar de onde
teria ouvido tal barulho...
Mas não era nada de mais,
uma radinho com as pilhas já gastas, dava a informação das horas, que já
excediam as sete e meia da noite... Diana se desesperou, sete e meia? Sete e
meia e ela ainda ali em meio à uma casa desconhecida, sem a presença do
morador? E se fosse de algum criminoso? Não,
não seria, era muito meiga para ser uma casa de alguém ilícito, pelo
menos alguém em atividade do crime.
Saiu desesperada,
deixando a porta meio entreaberta, na confusão agarrou parte da blusa em um
portal, e nem percebera que rasgara parte desta... Foi deixando pra trás a
casa, mas levando consigo uma curiosidade que a amedrontara...
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