segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

CAPÍTULO X ==> ROMANCE A ROSA

  Chegara em casa, e como já havia pensado a mãe já estava a arrancar os cabelos de tanta preocupação, não quis contar porém o ocorrido de todo, disse apenas que havia se entretido com o frescor da sombra. Sabia que nada agradaria aos pais saber que sua filha havia invadido uma residência, como se o pai, Sr. Marajó nunca tivesse o feito.
  Banhou-se, jantou, e foi para o quarto, ler um pouco, e depois enfim dormir, depois de um dia longo, de não fazer nada, e de se aventurar um pouco.
  Mas aquela casa não saía de sua cabeça, não conseguia mais parar de pensar em que vivia ali, e não entendia por que tal casa lhe chamara tanta atenção, era inevitável que algo de diferente tinha ali, poderia ser apenas alguma coisa da cabeça dela, mas poderia também não ser no outro dia teria que voltar lá, nem que seja para se desculpar, por ter invadido, inventaria uma desculpa qualquer, que tinha sede, sei lá, já começava a pensar no que falaria com o dono, ou dona daquela casa. Começava a sentir agora como uma adolescente que roubara manga na casa do vizinho, e que tinha medo de que os países soubessem. Bobeira, Diana já não era mais uma garotinha, era mulher formada, e muito bem formada. Mas o pensamento, ah o pensamento! Naquela tarde não passara do nível de uma jovenzinha inexperiente.
  Enfim fechou aquele livro enorme de anatomia animal, mas já não lembrava-se de nada sobre o que havia lido, sua atenção não estava lá, estavas longe, bem mais longe, e tão , tão perto...
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Era de manhãzinha e Tíbia latia ao pé do seu ouvido, levantou-se em um ato, num susto instigante. Viu que não era nada, resmungou com a cadela, mas não conseguira sequer falar uma palavra mais alta com ela, ela era sua companheira e não merecia levar desaforos. Tinha dois pães em uma sacola que carregava consigo desde o último povoado no qual havia passado, um foi de direito da cadela, ou seu, por conseguinte, comeram o pão seco, e continuaram sua jornada, era agora questão de atitude, no próximo ponto que passassem, venderia o Alazão, e procuraria uma pensão para pernoitar por uns dois ou três dias,  por mais que tivesse aquela vida de andarilho, ele não era assim tão miserável, já fora mais, tinha até uma aparência razoável não fosse pela barba não muito bem feita.
  Andaram cerca de Duas horas, sem problemas, estava muito fresco, e nem se cansaram, avistaram uma pequena cidade de alguns milhares de habitantes, desceu aquele morro íngreme e chegou à entrada da cidade. Desta vez não quis entrar em bar, preferia evitar confusões, pelo menos naquele memento. Encontrou-se com um homem na estrada, e acabou por pedir informação, o homem de boa aparência e de muito boa prosa, lhe deu muita atenção, e sabendo que ele procurava uma pensão dispôs de um quarto modesto no Sítio de sua família. Ele resistiu um pouco mas acabou aceitando poderia começar ali uma nova e duradoura amizade.

  

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