Era necessário levantar-se, pois algo ainda atordoava seus neurônios, talvez trabalho demais. Mas não era, antes fosse esse o motivo de sua impaciência, aquele dia seria com certeza muito cansativo, alguns cavalos para visitar nos estábulos, algumas éguas para avaliar a condição para reprodução... Mas pra que se enganar? Não era bem isso que fazia aquela tremenda dor de cabeça na menina, é isto mesmo que você deve estar pensando neste momento, o que a atordoava tanto era a curiosidade, e mais do que isso a necessidade de saber quem era o dono daquela casa, que mais parecia um ambiente encontrado.
Pelo que sei de Diana ela dificilmente conseguiria conter-se, e muito provavelmente estaria de volta àquela casa.
Levantou-se então, e depois de uma oração que já era parte de seu dia consagrado, vestiu-se adequadamente a seu ofício, e foi até a cozinha tomar café com seus pais, os quais já a esperavam, como de costume.
- Bom dia mãe, como passou a noite? Bom dia pai...
- Bom dia minha filha, passei bem sim, embora ainda preocupada com a sua volta tão tardia no dia de ontem...
- Volta tardia Senhora Diana? Como assim? - proferiu o pai já com tom de severidade...
- Calma pai, é que ainda não me retratei com o senhor, é que sair para dar uma volta à cavalo, e como sempre acabei me entretendo, nem vi o cair da tarde. Mas não é necessário se preocupar, nada de mal me acontecera.
- Acredito em você, senhorinha, mas da próxima vez trate de voltar cedo pra casa, não é por que saiu e estudou fora, que vai cantar de galo aqui no meu território, a senhora já está cansada de saber, que aqui exitem ordem, e ordens foram criadas para serem não mais que cumpridas.
- Está bem, paizão, prometo da próxima vez avisar antes, se irei ou não demora, mas agora me passa a manteiga aí.... Ah, e cade o meu irmão?
- Saiu cedo, tinha que ir a cidade, está planejando uma pescaria, certamente volta só mais a tarde.
- Pescaria? Meu Deus, aquele menino não toma jeito mesmo... Onde já se viu pescar? E pra isso precisa planejar?
- Deixa seu irmão minha filha, o Matias já é grandinho o suficiente. Na idade dele eu já estava a andar pelo mundão de meu Deus...
- O senhor é um caso a parte né meu pai, era uma outra época?
- Está me chamando de velho? Sou experiente e nada mais...
- Experiente, sei...
Após o café, Diana fora aos aposentos de Iracema como de costume, e a cada vez que a via, não podia deixar de se lembra de como Iracema era uma mulher alegre, viva, e agora ali deitada sobre a cama, como um ser desprovido de vida. Era triste ver a irmã em tal estado, mas não poderia hora alguma transparecer a mãe que nã oacreditava na cura da irmã, aquela menina passara a ser o motivo da existência de sua mãe. Ficou um pouco ali, e saiu novamente do quarto...
A mãe chamou-a pelo nome...
- Oi mãe , presisando de mim?
e ao olhar para a mãe, Diana viu uma lágrima escorrer em teu rosto...
- O que foi mãe?
- Venha até aqui minha filha, verás com seus próprios olhos...
Diana já meio desesperada foi o mais rápido possível.
Ao indagar a mãe sobre o que era, ela nada disse, apenas apontou para Iracema...
Tamanha fora a surpresa de Diana ao ver que depois de tanto tempo a irmã mexia um de seus dedos da mão... Diana ficou sem palavras, a única coisa que fez fora dar um abraço apertado na mãe...
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